CLECE ANUNCIA O COMPROMISSO DE CONTRATAR 139 VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÉNERO NOS III PRÉMIOS COMPROMISSO

CLECE ANUNCIA O COMPROMISSO DE CONTRATAR 139 VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÉNERO NOS III PRÉMIOS COMPROMISSO

  • Clece compromete-se a integrar 139 vítimas de violência de género, o número de projetos apresentados para Melhor Projeto Social
  • A Associação Deméter pela Igualdade, a Fundação ARED e a Fundação Novafeina, vencedoras na categoria de Melhor Projeto Social na luta contra a violência de género
  • O Prémio Especial do Júri para a Personalidade mais relevante recaiu na deputada Carmen Quintanilla Barba
  • Arturo Checa de Las Provincias e Chelo Tuya de El Comercio venceram ex aequo o prémio para o Melhor Trabalho Jornalístico
  • O Júri concedeu menções especiais à cineasta Icíar Bollaín e à Secção da Sociedade da Agência EFE

Clece Social, o projeto social da Clece, realizou ontem a cerimónia de entrega dos seus Prémios Compromisso que, nesta terceira edição, foram dedicados a reconhecer o compromisso de entidades, meios de comunicação e personalidades na luta contra a violência de género.

Na categoria de Melhor Projeto Social relacionado com mulheres vítimas de violência de género realizado por entidades sem fins lucrativos, foram premiadas as entidades Associação Deméter pela Igualdade, a Fundação ARED e a Fundação Novafeina. Cada uma delas receberá uma dotação económica de 10.000 euros. Na categoria de Melhor Trabalho Jornalístico, os jornalistas Arturo Checa de Las Provincias e Chelo Tuya de El Comercio venceram ex aequo o galardão dotado com 7.000 euros. O Júri concedeu também uma menção especial à Secção da Sociedade da Agência EFE pelo seu envolvimento e trabalho jornalístico.

O Prémio Especial do Júri para a Personalidade mais relevante na luta contra a violência de género foi concedido à deputada Carmen Quintanilla Barba como reconhecimento da sua destacada trajetória no apoio às mulheres vítimas. Dessa forma, o Júri outorgou uma menção especial à cineasta Icíar Bollaín pelo importante papel do cinema como veículo para retratar e gerar consciência em torno do problema social da violência de género.

O cineasta e guionista, Luis Lorente, presidente do júri, felicitou os premiados e evidenciou o trabalho de integração da Clece que “faz com empenho, meios e com um elemento essencial: com coração” enfatizando que o emprego “é o elo, esse degrau essencial na construção da escada que tira as mulheres do porão dos maus tratos”.

Videocomunicado

 

Dar voz às vítimas

“Ao contrário de edições anteriores, nesta ocasião quisemos dedicar os Prémios Compromisso a todas as pessoas que lutam diariamente contra a violência de género. Acima de tudo, às próprias vítimas. Sentíamos que era o momento adequado para ter este gesto e reforçar o nosso envolvimento com estas mulheres que precisam de uma saída, de uma oportunidade de refazer as suas vidas, de voltar a ser felizes. Evoluímos muito, mas a realidade continua a ser ainda preocupante e há muito a fazer. Por isso, o nosso objetivo é somar nesta luta que é de todos. Com o que melhor sabemos fazer que é ajudar na integração laboral, mas também sensibilizar através de iniciativas como estes galardões” afirmou José Andrés Elizaga, diretor de Comunicação da Clece.

Ao longo de toda a gala, realizada nos Teatros del Canal de Madrid e conduzida pela jornalista Sandra Golpe, quisemos realizar um apoio real e próximo às vítimas. Três trabalhadoras da Clece, vítimas de violência de género, foram as encarregadas de entregar os galardões na categoria de Melhor Projeto Social. Além disso, os testemunhos e histórias pessoais de algumas mulheres vítimas deram lugar a alguns dos momentos mais emotivos da gala. O evento também contou com a posta em cena de um fragmento do espetáculo coreografado de Rotas dirigido por Luis Lorente com a colaboração da Fundação Ana Bella. Simbolizando a fragilidade, mas também a força destas mulheres, centenas de borboletas de papel voaram pelo auditório, borboletas confecionadas por vítimas de violência de género numa das casas de acolhimento geridas pela Clece em Valência.

Cinco premiados e duas menções especiais

O júri, integrado tanto por personalidades do mundo institucional como da sociedade civil, escolheu os vencedores após avaliar 150 candidaturas e selecionar seis finalistas na candidatura de Melhor Projeto Social e três na categoria de Melhor Prémio Jornalístico. Os premiados na categoria de Melhor Projeto Social foram:

  • Associação Deméter pela Igualdade de Málaga, pelo seu projeto “Assistência e intervenção integral em filhos menores de mães vítimas de violência de género”. O programa pretende empoderar as mães na sua função de educadoras e mitigar as consequências derivadas da exposição à violência de género nas mães e nos menores. Anualmente dá assistência a uma média de 240 utilizadores.
  • Fundação para a reinserção de mulheres, ARED, de Barcelona, pelo seu programa “Integração sociolaboral de mulheres vítimas de violência de género” que pretende melhorar a autonomia pessoal, profissional e económica das mulheres atendidas assim como alcançar a integração laboral. Conta com 25 beneficiárias diretas que vivem em situações de pobreza e exclusão social.
  • Fundação Nova Feina de Valência, pelo seu projeto “Dona Impuls” dirigido a melhorar a empregabilidade das vítimas com ações de orientação sociolaboral, apoio e acompanhamento no processo de procura ativa de emprego. O programa conta com 15 beneficiárias maiores de 18 anos e presta especial atenção a mulheres com idade superior a 45 anos em que a idade implica uma maior dificuldade de acesso ao mercado laboral.

Os vencedores na categoria de Melhor Trabalho Jornalístico foram:

  • Chelo Tuya, jornalista de El Comercio, pelas reportagens realizadas durante uma semana para o especial #cuestiondetod@s publicado por motivo do Dia Internacional da Violência de Género em 2016 no jornal asturiano.
  • Arturo Checa, jornalista de Las Provincias, por três reportagens publicadas no jornal valenciano: “El maltrato se ceba con los jóvenes”, “Padre enemigo” e “Zancadillas tras el maltrato”.
    Nesta categoria também foi entregue uma menção especial à Secção da Sociedade da Agência EFE pelo trabalho em equipa e compromisso pessoal na sensibilização sobre violência de género. Durante o último ano, o trabalho jornalístico da Secção da Sociedade envolveu a difusão de cerca de 900 informações refletindo todas as perspetivas do problema com rigor e profissionalismo.

Um prémio à constância

Por último, o Prémio Especial do Júri para a Personalidade mais relevante na luta contra a violência de género foi concedido à deputada Carmen Quintanilla Barba pela sua experiência e firme compromisso com as vítimas e os temas sociais. A sua luta constante e incansável contra a violência de género foi reconhecida em numerosas ocasiões, entre outros, com o Prémio do Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade em 2014 ou o Prémio Camareira da Delegação do Governo de Espanha na Andaluzia em 2014.

O júri também outorgou uma menção especial à cineasta Icíar Bollaín, por aproveitar o potencial da cultura e do cinema para dar visibilidade e gerar debate sobre os problemas sociais como a violência de género.

Sob a presidência de Luis Lorente, realizador de cinema e guionista e realizador do filme Rotas; o júri foi integrado por María José Ordóñez, Delegada do Governo para a Violência de Género; Lucía del Carmen Cerón, Diretora do Instituto da Mulher e para a Igualdade de Oportunidades; Ángeles Carmona, Presidente do Observatório contra a violência doméstica e de Género; Marta Ariño, Conselheira Delegada de G+J España; Fernando Grande-Marlaska, magistrado da Audiência Nacional, Gemma Nierga, Jornalista e Cristóbal Valderas, Presidente da Clece.

Fruto de um compromisso

As mulheres vítimas de violência de género são um dos grupos em que se focaliza o projeto da Clece, Clece Social, e sobre o qual a empresa está especialmente sensibilizada. Além de gerir casas de acolhimento para a administração pública, a Clece desenvolve iniciativas de consciencialização como os Fóruns pela Integração, que se organizam em diversas Comunidades Autónomas para falar sobre os problemas deste grupo; campanhas por motivo do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher e está envolvida em projetos institucionais tão importantes como “Há Saída”.

A empresa realiza também um esforço na integração laboral de pessoas deste grupo. Atualmente, mais de 180 mulheres que sofreram violência machista fazem parte ativa do quadro da Clece. Após os III Prémios Compromisso este número aumentará de modo significativo já que a empresa se comprometeu a integrar uma mulher vítima de violência de género por cada um dos projetos apresentados por entidades sem fins lucrativos na categoria de Melhor Projeto Social, o que significaria 139 contratações.

O trabalho de apoio e integração de vítimas de violência de género da Clece recebeu o reconhecimento das mãos do Presidente do Governo em 2016 e foi também a única empresa convidada pela ONU a apresentar o seu modelo de integração de mulheres vítimas de violência de género.