O envolvimento dos profissionais é essencial para avançar para um modelo de assistência integral centrado no idoso

O envolvimento dos profissionais é essencial para avançar para um modelo de assistência integral centrado no idoso

A Clece, em colaboração com a Fundação Pilares e os Institutos de Assistência Social e Sociossanitário (IASS) do Cabildo de Las Palmas de Gran Canaria e do Cabildo de Tenerife, organizou as primeiras Jornadas sobre o Modelo de Assistência Integral Centrado na Pessoa (AICP) para debater sobre como avançar num modelo de assistência integral centrado no idoso e na forma de cobrir as suas necessidades e preferências na assistência domiciliária e residencial

Gran Canaria, 23 de junho de 2016. O envolvimento de profissionais competentes é essencial para avançar para um modelo de assistência gerontológica integral e centrado no idoso. Esta é uma das principais conclusões das I Jornadas sobre o Modelo de Assistência Integral Centrado na Pessoa (AICP) e suas aplicações no Serviço de Assistência ao Domicílio (SAD), residências e centros de dia, realizadas no passado dia 20 de junho no Centro Sociossanitário El Sabinal de Gran Canaria e dia 22 de junho no Hospital de los Dolores na Laguna, na ilha de Tenerife.

Ambos os encontros, organizados pela Clece, em colaboração com a Fundação Pilares e o Cabildo de Las Palmas de Gran Canaria (IASS) e o Cabildo de Tenerife (IASS), tiveram um grande acolhimento por parte dos profissionais de âmbito sociossanitário. Neles debateu-se sobre a necessidade de impulsionar uma mudança no enfoque da intervenção gerontológica, adotando um modelo de assistência mais integral e centrado na pessoa, que situe o idoso no foco da atenção, permitindo a sua autonomia, potenciando a sua independência e destacando o papel terapêutico do quotidiano. Também foram expostas experiências e resultados da aplicação de diferentes modelos na assistência domiciliária e nos centros.

“Na Clece damos atenção a mais de 110 000 idosos tanto no âmbito residencial como através dos serviços de assistência ao domicílio. O setor experimentou uma grande transformação nos últimos anos mas há que continuar a avançar e dar um papel central à autonomia dos sujeitos a quem vão dirigidas as ações profissionais. Entre todos, podemos tornar possível que o idoso se converta em parte ativa da sua própria assistência, do seu plano de vida”, afirma Daniela Macías, delegada social da Clece.

Durante a jornada, Pilar Rodríguez, diretora da Fundação Pilares e Clarisa Ramos, professora do departamento de Trabalho Social e Serviços Sociais da Universidade de Alicante e membro também da Fundação, explicou a conceptualização do modelo AICP, metodologia e ferramentas de aplicação nos serviços de assistência ao domicílio, residências e centros de dia. “Existe consenso nos princípios que definem a assistência gerontológica como a personalização, a integralidade ou a promoção da autonomia, entre outros. Contudo, levá-los à prática no dia-a-dia dos serviços e centros, tem uma importante dificuldade já que muitas vezes estão sujeitos a numerosas normas organizativas e laborais assim como a rotinas assistenciais”, comenta Pilar Rodríguez.

Neste sentido, o papel dos cuidadores profissionais é essencial na aplicação do modelo. O seu contacto estreito e continuado com o idoso ou com qualquer pessoa em situação de dependência, converte-os em valiosas fontes de informação para poder personalizar a assistência assim como em dinamizadores do envolvimento ativo dos idosos.

A Fundação Pilares para a Autonomia Pessoal é uma organização sem fins lucrativos cujo objetivo é apoiar a dignidade da vida humana mediante a aplicação de um modelo de assistência integral e centrado na pessoa nos âmbitos do envelhecimento e deficiência.